sábado, 29 de setembro de 2012

BIOLUMINESCÊNCIA



Bioluminescência é a produção e emissão de luz por um organismo vivo. Muitas espécies marinhas, por exemplo, produzem luciferina (um pigmento), que reage com o oxigênio para criar luz e luciferase (uma enzima), que age como catalisadora da reação, para a acelerar. 


FITOPLÂNCTON
 
É o conjunto de organismos aquáticos microscópicos com capacidade fotossintética que vivem dispersos flutuando na coluna de água. Fazem parte deste grupo, organismos tradicionalmente considerados algas, estudadas pela ficologia. Algumas nos presenteiam com um espetáculo
natural chamado bioluminescência.  O fitoplancton encontra-se na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, uma vez que servem de alimentação a organismos maiores e pertencem ao nível trófico dos produtores além de serem responsáveis pela produção de cerca de 90% do oxigênio da atmosfera terrestre.



Ernst H. P. A. Haeckel, 1834-1919, naturalista alemão, ajudou muito a popularizar o trabalho de Charles Darwin, além de ter sido médico, professor e ilustrador científico. Em seu livro Kunstformen der Natur, ele detalha com riqueza o maravilhoso e gigante mundo microscópico do fitoplâncton.

Fonte de imagens: google






















































A importância das algas no dia a dia..

Na culinária, principalmente em países orientais, elas são fontes diárias de proteínas, vitaminas e sais minerais. São utilizadas no preparo do sushi, sopas e molhos. Além do consumo humano, são altamente utilizadas como ingredientes de ração animal.

Algumas algas são utilizadas na biologia molecular e biotecnologia, pois delas se produz o ágar, os alginatos e os carragenanos, que são meios de cultura para bactérias. Nesta área, faz-se uso delas também nos processos de extração e amplificação de material genético.

Estas substâncias de textura viscosa e poder gelatinoso, auxilia nos preparos de diversos alimentos e bebidas industrializadas (sorvete, patês, gelatinas, cerveja...).

Na cosmetologia são matéria prima primordial para maquiagem, cremes, pasta de dente... Estão presentes na fabricação de tintas, nos fertilizantes, adubos naturais...

São há muito utilizadas na cura e prevenção de doenças em diversos países orientais. Pesquisas ainda constatam sua eficácia na regulação do apetite, no tratamento de asma, bronquite, verminoses, artrite, hipertensão...


Há muito ainda a ser descoberto fazendo delas uma riqueza de inestimável valor!





domingo, 10 de junho de 2012

FORMAÇÕES MARINHAS DA BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ

Juntamente com a nossa turma de Geologia sábado último fui conhecer as Formações Marinhas da Bacia Sedimentar do Paraná ao longo da BR470 em Santa Catarina. Já em sala de aula antes de saírmos, revíamos  que há 270 milhões de anos, quando os continentes ainda estavam unidos e próximos do Pólo Sul (Pangéia) existia uma cadeia de montanhas entre o continente Sul-Americano e Africano formada pelo choque destes dois continentes. Tal cadeia de montanhas, onde hoje é a Serra do Mar no litoral brasileiro a leste, e as montanhas do Paraguai a oeste, delimitavam um mar interno raso de bacia intercratônica (com rochas duras e antigas) e de plataforma com aproximadamente 200-300m até 5.000m de profundidade que ali surgiu após degelo de certa era glacial. O sul de SC onde hoje se encontra Torres e o Estuário da Prata eram entradas para esse mar. Nosso planeta sofreu graves modificações durante as eras glaciais, e como as placas tectônicas ainda se movem até hoje. Ainda está tudo registrado nas rochas de nosso solo...

Durante o intervalo de tempo compreendido entre o Neocarbonífero e o Eotriássico o Brasil e a África eram mais que simples vizinhas: suas províncias basálticas continentais (PBC) era uma terra única. Como resultado da ruptura do Godwana os continentes hoje estão separados pelo Atlântico. Durante nossa saída de campo sábado passado nosso querido professor Sérgio Borges nos mostrou vestígios desta verdade pelas serras do interior de SC.































A PBC Paraná-Entendeka está dividida em duas partes: uma encontra-se na Namíbia (África) e a outra, quase sua totalidade, na América do Sul com a denominação de Formação Serra Geral. (WHITE, 1908 - Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brazil).


A ciência da sedimentologia ocupa-se com o estudo dos depósitos sedimentares e das suas origens. Os sedimentólogos estudam inúmeras feições apresentadas nas rochas que podem indicar os ambientes que existiam no local no passado e assim entender os ambientes atuais.



Mapa esquemático mostrando localização dos platôs de rochas ácidas da Província Magmática do Paraná - Etendeka, segundo informações de Bellieni et al. (1983, 1986b), Milner (1988); Duncan et al. (1989), Alberti et al. (1992), Stewart et al. (1996), Marzoli et al. (1999) e Nardy et al. (2002). Legenda: 1 – derrames de lava; 2 – Ácidas do Tipo Chapecó (ATC); 3 - Ácidas do Tipo Palmas (ATP); a – Ácidas da região de Tafelberg (equivalente ATP), b – Ácidas da região de Sarusas (equivalente ATC); c - Ácidas da Bacia da Namibe (equivalente ATC); d - Ácidas da Bacia de Kwanza (equivalente ATC).




O Grupo nota 10 e o mestre... mas...E a Ana? Está faltando a Ana...

Visitamos no mesmo sábado os Afloramentos da...


    1  Formação Rio do Sul
    2  Formação Rio do Sul - Varvitos
    3  Formação Rio Bonito
    4  Formação Serra Alta
    5  Formação Serra Geral - Sill de diabásio
    6  Formação Teresina
    7  Formação Rio do Rastro


O que é, o que é? Era líquido, metamorfizava por contato tudo que encontrava pela frente e tem um monte debaixo do solo de SC???

Pois  aqui é uma amostra do magma litificado que encontramos na última pedreira que visitamos.

Onde então era um vasto ambiente marinho no interior do Brasil, nossas placas tectônicas sofreram com era glacial, forte vulcanismo, isostasia, intemperismo... e o que vemos aflorado em superfície hoje é a prova da história de que nosso solo é vivo e ainda está em constante transformação.

sábado, 9 de junho de 2012

SALINIDADE DOS OCEANOS...

Cada vez mais me encanto com a Oceanografia. Minha querida coordenadora de curso me fascina toda vez que me compartilha sobre a origem, evolução e salinidade dos oceanos nas aulas de Introdução a Oceanografia. Fazendo um link com o que aprendi em Geologia, vejo que isto tudo está intimamente ligado à origem da nossa atmosfera. Ar e água... Nada mais são do que dois estados do mesmo fluído da nossa biosfera. 

Tanto os oceanos como a atmosfera evoluíram na escala de tempo geológico. A atmosfera da Terra primitiva de 4,6 bilhões de anos atrás foi totalmente perdida se compararmos com a nossa atual. Esta última é secundária sendo os seus constituintes originados do interior de nosso planeta. Desta forma não é possível estudar a origem dos oceanos sem estudar a formação da atmosfera e biosfera durante as eras geológicas.

Acredita-se que a Terra foi formada a partir de material interestelar, ou seja, poeira interestelar e gases do espaço. A atmosfera inicial da Terra continha gases inertes, como Kr, Xe, Ne, Ar, He, H, NH3 e CH4 e a temperatura era muito alta ( uns 8000ºC). Água nesta temperatura não existia.

Sabe-se que a Terra sofria impactos de asteróides e meteoritos e com este impacto de energia seria suficiente para expelir gases para o espaço, mas a temperatura era ainda muito alta (374ºC) e a água não condensava.

A formação de uma nova atmosfera ocorreu com os processos de resfriamento da Terra. Os voláteis ocluídos em rochas ígneas sofreram processos de desgaseificação quando as rochas esfriaram. Os gases expelidos pelos vulcões incluem H2, N2, CO, H2S, HCl, CO2 e vapor d’água. Observamos que ainda não havia oxigênio. 

Toda a água do planeta teria se originado do interior da Terra por atividade vulcânica e os oceanos começaram a se formar quando a temperatura diminuiu para 100ºC e a água começou a condensar.

Em 1986, o astrônomo Louis Frank anunciou uma nova teoria que sugere que a água dos oceanos teria vindo também do espaço sob a forma de moléculas nas caudas de cometas que durante bilhões de anos bombardearam a Terra primitiva.


A ciência acrescenta que há milhões de anos, desde quando os oceanos se formaram, os sais e outros minerais foram “arrastados” das rochas pelas chuvas e foram transportados para os rios e depois para os mares.

A água dos oceanos é salgada porque contém sais dissolvidos de várias origens: 

1. As rochas da crosta vão-se desgastando por erosão e há uma parte dissolvida desse material que é transportada para o oceano pelos rios. Ou seja: através da lixiviação das chuvas e carreamento pelas águas dos rios, houve o acúmulo nos mares do cloreto de sódio, ácido clorídrico e outros. Ao alcançar os oceanos estes sais foram retidos e concentrados no fundo dos oceanos. Durante a formação do oceano, o sódio foi sugado (do fundo) constituído o principal sal encontrado nas águas dos mares. 

2. As erupções vulcânicas libertam substâncias voláteis (tais como dióxido de carbono, cloro e sulfato) para a atmosfera, uma parte das quais é transportada por precipitação diretamente para o oceano ou indiretamente por meio dos rios. Assim, vemos que a presença dos outros elementos dominantes como cloreto, resultaram do escape de gases do interior da terra por vulcões e fontes hidrotermais. O sódio e o cloreto então se combinaram para formar o constituinte mais abundante da água do mar, o cloreto de sódio.

As erupções vulcânicas submarinas contribuem fortemente para os íons no oceano. Em contrapartida a essas fontes de sais, há sumidouros que consomem parte dos sais dissolvidos: plantas e animais marinhos que usam sais (por exemplo, sílica, cálcio e fósforo) para construir os seus esqueletos ou conchas, sedimentos depositados no fundo do mar e que incorporam alguns sais (por exemplo, potássio e sódio), e ainda outros processos como a saída do sal transportada pela evaporação (maresia). 

Os íons de sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro, sulfato e bicarbonato são os maiores contribuintes para a salinidade da água. A forma como a salinidade varia de um oceano para outro depende quase inteiramente do balanço entre evaporação e precipitação e a capacidade de mistura entre a camada de superfície e as mais profundas. Cada oceano, cada mar apresenta salinidade diferente.


Oceano Atlântico: 3,54 %
Oceano Índico: 3,48 %
Oceano Pacífico: 3,45 %
Mar Báltico: 0,8 %
Baía de Kiel (Alemanha): 1,5 %
Golfo da Finlândia e da Bótnia: 0,1 %
Mar do Norte: 3,5%
Mar Mediterrâneo: 3,74 %
Mar Negro: 1,7 - 1,8 %
Golfo Pérsico: 4 %
Mar Vermelho: 4 %
Mar Cáspio: 1,3 %
Mar Morto: 27 % em média
Mar Morto: 32,66% a 50 m profund.
Mar de Aral: 34,8% em média,     salinidade mais alta do mundo
Mar de Aral: 38,8% a 20 m profund.


Os valores de salinidade na superfície dos oceanos tem valores máximos em latitudes de cerca de 20 graus, onde a evaporação excede os valores de precipitação atmosférica. Essas áreas correspondem aos desertos quentes que existem em latitudes similares na Terra. As salinidades decrescem à medida que a latitude aumenta ( na direção dos pólos) e na direção do Equador. 

Modificações de cada local se superpõe ao padrão geral de distribuição. Os valores salinos podem diminuir nas proximidades de uma  grande fonte de água doce próximas as montanhas e grandes rios, nas proximidades de geleiras e neve em altas latitudes. A salinidade tende a ser maior em lagos e em mares fechados em latitudes baixas onde a evaporação é alta e o fluxo de água doce é pequeno. 

Principais íons salinos da água do mar 
(%m significa porcentagem em massa)

Cloreto (Cl-): 55,04 %m 
Sódio (Na+): 30,61 %m
Sulfato (SO42-): 7,68 %m
Magnésio (Mg2+): 3,69 %m
Cálcio (Ca2+): 1,16 %m
Potássio (K+): 1,10 %m

sábado, 24 de março de 2012

Primeira saída de Campo, Penha - SC

ComO ELeS CoSTuMaM fALaR, É nÓIs... 


Primeira saída de campo: Penha, SC

Visita ao Centro Experimental de Maricultura, Núcleo de Ensino Permanente da Univali ligado ao Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar),  no município de Penha, litoral catarinense. O Centro é um ícone nacional destacando o projeto como de ponta e colocando o Estado de SC em segundo lugar no Brasil (com a cidade de Penha em terceiro lugar no Brasil) na produção de moluscos e maricultura desde a década de 90. Os produtos e serviços desenvolvidos pela instituição junto às comunidades de maricultores e pescadores artesanais de Penha impulsionaram a produção de moluscos em mais de 90% desde sua fundação.

Tanque no mar com robalo na engorda, perto das long-lines dos moluscos. 






Praia do Trapiche, Penha -SC















.



Em solo firme 
nosso Professor
de Zoologia dos Invertebrados Adriano Marenzi nos mostra a zonação vertical 
de uma poça 
de maré onde podemos facilmente verificar a linha de algas, 
a de craca, a dos mexilhões e dos caramujos logo acima, se adequando à linha de maré da região.

Praia da Saudade, Penha

Resp. Técnico Jeferson explicando as fases da Algocultura
Balsa de manejo. Ao fundo long-lines de moluscos
Fonte: http://www.aoceano.org.br/newsletter/013/03a.jpg 

Robalo
Fonte: http://ecopesca.net.br/blog/wp-content/uploads/2009/03/robalo-tecnica.jpg





sexta-feira, 23 de março de 2012

DORSAL MESO-OCEÂNICA NA ISLÂNDIA


FONTE:
http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/2884-mergulhador-fotografa-placas-tectonicas-na-islandia#foto-56805

MERGULHADOR FOTOGRAFA PLACAS TECTÔNICAS NA ISLÂNDIA... BELÍSSIMAS FOTOS!
Fotógrafo e outros mergulhadores desceram cerca de 24 metros na fenda entre as placas, para fotografar vales, vulcões e fontes termais criadas pela falha geológica. Mas alguns cânions, como o Silfra (foto), chegam a ter 60 metros de profundidade Leia Mais
O fotógrafo, especializado em imagens submarinas, diz que os vales entre as placas tectônicas na Islândia têm as águas mais claras em que ele já mergulhou. Na imagem, um dos mergulhadores da expedição entra no cânion Silfra
O fotógrafo, especializado em imagens submarinas, diz que os vales entre as placas tectônicas na Islândia têm as águas mais claras em que ele já mergulhou. Na imagem, um dos mergulhadores da expedição entra no cânion Silfra Leia Mais
Fotógrafo e outros mergulhadores desceram cerca de 24 metros na fenda entre as placas, para fotografar vales, vulcões e fontes termais criadas pela falha geológica. Mas alguns cânions, como o Silfra (foto), chegam a ter 60 metros de profundidade
As placas tectônicas se distanciam cerca de 2,5 centímetros uma da outra a cada ano. Acima, um dos mergulhadores explora o cânion Nikulasargia Leia Mais
As placas tectônicas se distanciam cerca de 2,5 centímetros uma da outra a cada ano. Acima, um dos mergulhadores explora o cânion Nikulasargia

A lava e o vapor quente na interseção entre as placas também provocou fraturas no fundo da Lagoa Azul (foto), no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia 




Assim como a Islândia, o fundo do mar é formado por paisagens vulcânicas. Na foto, mergulhador no cânion Nikulasargia e as placas tectônicas da América do Norte (esq.) e da Eurásia (dir.)


Mustard também foi até Arnarnes Strytur, uma chaminé hidrotermal de onde a água é expulsa a 80°C. Na imagem, só a mão do mergulhador, que está perto da saída da água quente, é vista com clareza 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Bioluminescência de fitoplânctons nas areias das Ilhas Maldivas

ENQUANTO CRUZAVA O ATLÂNTICO A BORDO DO MS GENERAL BEM, TIVE A OPORTUNIDADE DE VER LUZES EXTRAORDINÁRIAS SUBINDO DA PROFUNDEZA DO OCEANO A NOITE, FORMANDO GIGANTESCOS HOLOFOTES LUMINOSOS... A BIOLUMINESCÊNCIA DOS FITOPLÂNCTONS! É MUITO LINDO...

A FUNÇÃO ECOLÓGICA DA BIOLUMINESCÊNCIA É AINDA POUCO COMPREENDIDA, MAS JÁ SE SABE QUE EM MUITOS CASOS ESTÁ ASSOCIADA A:

ILUMINAÇÃO DO CAMPO DE VISÃO
ATRAÇÃO DE PRESAS ATRAVÉS DE ISCAS LUMINOSAS
RECONHECIMENTO DE DIFERENTES ESPÉCIES
RECONHECIMENTO DE PARCEIROS SEXUAIS
ADAPTAÇÕES CONTRA PREDAÇÃO

UM ESPETACULOSO SHOW DA NATUREZA...

Pictures: Glowing Blue Waves Explained
(Fonte: http://news.nationalgeographic.com/news/2012/03/pictures/120319-glowing-waves-ocean-blue-bioluminescent-plankton-science/?source=link_tw20120319news-glowingwaves)

Grupos de fitoplânctons em bioluminescência

Bioluminescência nas Maldivas



Bioluminescência  - (Fonte: http://www.algosobre.com.br/biologia/bioluminescencia.html)



Processo bioquímico utilizado por muitos animais e algas marinhas, resultando na produção de luz. O processo é feito através da oxidação de uma proteína chamada Luciferina por uma enzima chamada Luciferase.

A bioluminescência é produzida por componentes do fitoplâncton, principalmente dinoflagelados como a Noctiluca. Esta alga é a responsável pelos pontos de luz azul-esverdeada produzidos na areia das praias e na água, visíveis durante a noite. Muitos invertebrados também produzem luz, principalmente os crustáceos, como os camarões, vermes, equinodermas e lulas. Os peixes são os únicos vertebrados capazes de produzir luz.
 

A bioluminescência se dá principalmente em órgãos especiais denominados fotóforos, os quais estão presentes em locais específicos do corpo e em quantidades variáveis, dependendo da espécie em questão.

Estes órgãos luminosos são formados por um tecido fotogênico, no qual a reação bioquímica se processa, ligado a terminações nervosas que transmitem o comando para a produção de luz.

Em outros casos de bioluminescência, não são os fotóforos que produzem luz, mas bactérias luminescentes aprisionadas em pontos específicos do corpo de algumas espécies de peixes. Como neste caso não há o controle nervoso deste processo, comumente existem membranas que podem cobrir e descobrir o sítio luminoso de acordo com a necessidade do peixe.

Vaga-lume adulto lampejando


O Brasil é o país com a maior diversidade de espécies luminescentes no mundo, entre elas vaga-lumes que produzem os mais belos espetáculos da natureza, como as chamadas larvas ‘trenzinho’, que emitem luz em duas cores. Com a devastação das florestas, no entanto, essa esplêndida riqueza está se perdendo.




    A bioluminescência é um processo característico em peixes das regiões profundas dos oceanos, onde há a rarefação ou mesmo a ausência total de luz natural

    sexta-feira, 16 de março de 2012

    Volvo Ocean Race 2012 - ITAJAÍ, SC - BRASIL




    Parece brincadeira... Mas sempre que me lembro da Ocean Race passando pelo Brasil, o stopover era na minha querida cidade natal do Rio de Janeiro, mas eu, por razões que desconheço, nunca participei. 

    Agora, que estou em Itajaí, estudando na Univali,  me surpreendo ao saber que a Instituição foi convidada para fazer parte da organização do evento, e - PASMEM - pois eu ainda estou também surpresa: ontem fui convidada e convocada para fazer parte do staff e justamente durante meu aniversário! QUE PRESENTÃO! UHU! 



    Parece que a chance bateu à minha porta, ou me seguiu... sei lá! Estou animada pois em breve estarei entre os grandes bam-bam-bam da vela mundial, rodeada de barco e gente bonita do mundo inteiro... me ocupando com o que mais gosto!!! Fotos em breve virão! Por enquanto postei um artigo sobre o evento tão esperado com video abaixo...



    Se Itajaí tem a intenção de usar o exemplo do que está vendo em Auckland para projetar ações nos dias que sediará a próxima etapa da Volvo Ocean Race e, principalmente, para o que será feito depois com o espaço ocupado pela estrutura da regata, a população pode ter ganhos maiores do que apenas a chance de algum lucro nos dias que o evento estiver na cidade.

    A ideia é aproveitar bem a oportunidade
    Itajaí, portanto, não tem que se preocupar em copiar na sua etapa a excelência de Auckland, muito menos a ostentação sem nível de comparação de Abu Dhabi (terceira etapa da volta ao mundo, em janeiro). Aproveitar a oportunidade de um evento desse porte para deixar um legado à população pode fazer a diferença. E, para isso, o bom exemplo da Nova Zelândia tem muito a contribuir.

    ENTENDA A COMPETIÇÃO
    - A regata de volta ao mundo começou no fim de outubro, em Alicante (Espanha). Desde então, já passou por Cidade do Cabo (África do Sul), Abu Dhabi (Emirados Árabes) e Sanya (China), de onde os barcos chegaram no último domingo a Auckland
    - Da Nova Zelândia, eles partem domingo rumo a Itaja. A previsão de chegada ao Litoral catarinense é a partir de 4 de abril
    - Depois de Itajaí, a volvo Race ainda passará por Miami (EUA), Lisboa (Portugal), Lorient (França) e termina um julho no porto irlandês de Galway
    - Seis barcos disputam a regata. Telefónica (Espanha), Camper (Nova Zelândia), Groupama (França), Puma (EUA), Abu Dhabi (Emirados Árabes) e Sanya (China)



    Programação VOLVO Ocean Race - Itajaí, Abril 2012



    Shows Nacionais e mini Festas de Outubro serão atrações da Volvo Ocean Race em Itajaí - 28/02/2012 por Costa Verde & Mar

    A maior Regata de Volta ao Mundo está mexendo com os ânimos de Itajaí. A cidade se prepara para a recepção dos competidores e amantes da vela. Para tanto, a equipe de organização da parada de Itajaí da Volvo Ocean Race prepara uma programação especial. Parte das atrações que vão marcar a passagem do evento pela cidade já foram divulgadas. A programação inclui palestras, clínicas de regatas, exposição náutica e shows nacionais com bandas como Paralamas do Sucesso, Olodum e a Orquestra do Conservatório de Itajaí. E sabe o que é melhor? Todos os eventos são gratuitos e abertos ao público. Itajaí está mesmo empenhada em fazer da passagem da regata pela cidade uma forma de motivar as pessoas a realizar ações duradouras. Quem comprovar a doação de medula óssea ou leite de mama, a adoção de um animal abandonado, o apadrinhamento de uma criança doente ou um idoso receberá ingressos especiais que facilitarão o acesso às atrações. Todos os eventos ocorrerão na Vila da Regata, às margens do Rio Itajaí-Açu.

    Confira a programação
    3 ABR-- Abertura oficial da Volvo Ocean Race
    4 ABR-- Começam a chegar os barcos -- Abertura da Exposição Náutica
    7 ABR-- Mutirão de limpeza das praias -- Passeio de Stand Up
    9 ABR-- Festas catarinenses – Marejada
    10 ABR-- Festas catarinenses – Fenarreco
    11 ABR-- Festas catarinenses – Oktoberfest
    12 ABR-- Começam as clínicas sobre regatas -- Show com Paralamas do Sucesso
    13 ABR-- Show com Cidade Negra
    14 ABR-- Show com Nando Reis e Os Infernais
    15 ABR-- Regatas de Optimist -- Show com Família Caymmi
    16 ABR-- Festas catarinenses – Festa Pomerana
    17 ABR-- Festas catarinenses – Tirolerfest
    18 ABR-- Festas catarinenses – Fenaostra
    19 ABR-- Show com Martinalia
    20 ABR-- Regata Pro AM (para convidados) -- Show Lenine e Orquestra do l Conservatório Itajaí
    21 ABR-- Regata In Port Race (vale pontos) -- Show com Jorge Aragão e Dudu Nobre
    22 ABR-- Largada rumo a Miami (EUA) -- Show Olodum -- Apresentação da Esquadrilha da Fumaça

    sexta-feira, 9 de março de 2012

    Átomos e mais átomos...

          De que somos feitos




    (por Juliana Candido - Revista Super Interessante - Julho 2004


    " Se um dia alguém lhe pedir para construir um planeta como a Terra, vai aqui uma dica: o segredo de toda receita, como qualquer químico ou dona-de-casa pode lhe dizer, é escolher bem os ingredientes. Cumpra direitinho esse estágio e o resto vai ser só aquele trabalho besta de bater a massa e deixá-la descansar por alguns bilhões de anos. O esforço de construir um planeta fica restrito a apenas uma pergunta: "Que diabos de ingredientes eu uso para cozinhar a Terra?"

    Reações químicas dos elementos durante o esfriamento da Terra

    A resposta depende da época em que você nasceu. O primeiro a tentar solucionar o problema foi o filósofo grego Empédodes (490 a 430 a.C.). Para ele, era possível construir tudo o que existe na Terra com apenas quatro  elementos: ar, água, fogo e terra. De acordo com a concentração de cada um na mistura, dava para fazer coisas tão diferentes como a rocha, a madeira, o vapor ou o barro. Para haver o equilíbrio e a vida continuar a existir, tais substâncias estariam sujeitas à ação de dois princípios: amor e ódio. Os dois se comportariam como as forças responsáveis por organizar e harmonizar as quatro partes essenciais, ora misturando, ora separando cada uma delas. Pronto, estava explicado o mundo.
    Era uma idéia tão engenhosa que foi aceita pelas mentes mais afiadas da Grécia, entre elas a de Aristóteles (384 a 322 a. C.), que aprimorou o sistema. Para ele, amor e ódio não só misturavam os elementos como podiam transformar um em e outro. Cada um dos ingredientes básicos tinha uma temperatura e uma umidade e era só mudar essas propriedades que os elementos se transformavam. Esfriando o ar, por exemplo, consegue-se água; molhando o fogo surge o ar, assim por diante...
    Daí para uma nova definição dos ingredientes do Universo foi um pulo. "Elemento é qualquer substância que não pode ser dividida em componentes mais simples a partir de reações químicas", afirmou Lavoisier, que listou 33 deles. Nem todos estavam corretos - constavam da lista a luz, o calor e a lima, hoje conhecida como óxido de cálcio, um composto resultante da combinação entre cálcio e oxigênio.

    A partir da explosão começa haver a expansão e o esfriamento e então os prótons e os nêutrons começaram a se combinar pra formar o núcleo composto mais simples o Hidrogênio. Por fusão nuclear deu origem ao Hélio, deste o Carbono, o Oxigênio...

    A partir desse momento, tudo era uma questão de saber se o elemento se apresentava em sua versão mais simples. Se ele pudesse ser dividido em duas coisas diferentes, é porque não era ainda o ingrediente básico. Em 1800, já se conheciam mais de 36 elementos e a tendência era que essa lista aumentasse rapidamente. Conscientes disso, os químicos passaram a ter a preocupação de criar uma maneira fácil de representar e organizar esse monte de substâncias.
    O pontapé inicial foi dado por John Dalton. Ele comparou a mesma quantidade dos 36 elementos e viu quais eram mais pesados. Dividiu então os elementos tendo por base o peso, associando um desenho para cada um deles. O resultado foi um painel confuso, formado por três dúzias de símbolos esféricos. Uma solução mais prática veio do sueco Jons Jacob Berzelius em 1811. Ele propôs que cada elemento fosse representado pela inicial do nome em latim e, em caso de coincidência, pelas duas primeiras letras. Assim, oxigênio virou O e carbono passou a ser C, enquanto o cobalto tomou-se Co.
    O próximo passo seria separar os elementos em grupos, de acordo com alguns critérios. O primeiro deles, proposto por Lavoisier, era dividir as substâncias em gases, não-metais, metais e "terrenos", que incluíam a lima. Dezenas de outras tentativas se seguiram até a elaboração do modelo mais aceitável, que se tornaria a base para a tabela periódica atual. O pai dessa nova disposição foi o russo Dmitri Mendeleyev (1834-1907). Ele bolou um arranjo em que os elementos apareciam identificados pelo esquema de Berzelius e dispostos em colunas verticais (a disposição horizontal era mais comum na época). Também estavam divididos por propriedades físicas e químicas e em ordem crescente de peso. Mendeleyev teve até o cuidado de deixar lacunas na tabela, para elementos a serem descobertos (e que de fato o foram).
    A energia em sua forma mais minúscula, porém mais poderosa - o átomo

    Essa representação ganhou força com a descoberta de partículas ainda menores que os átomos. Descobriram-se prótons - partículas de carga positiva no núcleo do átomo - e nêutrons - sem carga elétrica mas capazes de aumentar o peso do núcleo. Por fim, existem pedaços minúsculos de matéria girando em volta disso tudo, os elétrons, que têm carga negativa. A diferença entre os elementos está no número de prótons que possuem. Com essa descoberta, pode-se contar o número de ingredientes do Universo: 92. Junte todos os itens da tabela acima até chegar ao urânio e você terá material para construir um planetinha bacana.


    Até hoje, os químicos conseguiram produzir e observar 116 elementos. É provável que, no futuro, essas pesquisas levem não só a mais substâncias como a uma compreensão melhor a respeito daquelas que já conhecemos. Não é pouca coisa. O nível atômico abriga as maiores energias que o homem conhece e, por consequência, as maiores oportunidades. Se desvendarmos os quebra-cabeças escondidos na tabela periódica, poderemos até, quem sabe, descobrir uma receita para construir novos planetas..."