segunda-feira, 30 de setembro de 2013

FOTOSSÍNTESE - Nem só de árvores precisa o homem para respirar!

FITOPLÂNCTON

Fico extremamente impressionada como organismos tão microscópicos como os fitoplânctons cianobactérias (também chamadas de algas azuis) participam tão expressivamente sendo responsáveis por 80% da produção de Ode nossa atmosfera. 

Provavelmente foram elas as responsáveis pelo acúmulo deste elemento na atmosfera primitiva, o que permitiu a aparecimento da camada de Ozônio (O3) que bloqueando parte da radiação ultravioleta proveniente do sol, possibilitou a evolução de organismos sobre a face da Terra.

Este evento se chama fotossíntese e tem papel fundamental em todo o nosso ecossistema. Ao transformar o CO2 presente na água (o mesmo acontece com as plantas transformando o CO2 da atmosfera), com ajuda de moléculas de água e juntamente com a energia solar, estes organismos ao realizarem a fotossíntese, liberam como sub-produto o Ode nossa atmosfera. 

As cianobactérias podem viver em diversos ambientes e condições extremas como em águas de fontes termais, com temperatura de aproximadamente 74ºC ou em lagos antárticos com temperatura próximas de 0ºC, outras resistem a alta salinidade e até em períodos de seca. Algumas formas são terrestres, vivem sobre rochas ou solo úmido, podendo estas serem importantes fixadoras do nitrogênio atmosférico, tornando-se essenciais para algumas plantas.

A coloração das cianobactérias pode ser explicada através da presença dos pigmentos clorofila-A (verde), carotenóides (amarelo-laranja), ficocianina (azul) e a ficoeritrina (vermelho). Todos estes pigmentos atuam na captação de luz para a fotossíntese. Algumas espécies podem apresentar mais de um tipo de pigmento, isto explica a existência de cianobactérias das mais variadas cores.


Encontrei um vídeo explicativo bem interessante que resume as fases deste intrigante e caro processo. Sim! custa muito para tais organismos realizarem tal procedimento. Para os que dominam inglês...
Enjoy it! :)


Será que existem áreas que não fornecem os recursos de manutenção da vida no oceano e consequentemente a realização de fotossíntese em maior ou menor escala?Parte superior think

Parte inferior think
O mapa abaixo mostra a distribuição de clorofila, ou se preferir a quantidade de organismos que realizam fotossíntese nos oceanos. Como se pode ver, a maior parte da fotossíntese é realizada próximo de áreas costeiras, uma vez que a maioria dos alimentos para estes organismos, está localizada perto do litoral. Tais organismos requerem quatro coisas: água, luz, dióxido de carbono, mas são os nutrientes inorgânicos que permitem sua vida. 

A disponibilidade de dióxido de carbono nunca é um problema grave e se encontra assim como a luz sempre disponível na superfície do oceano ou em qualquer parte de terra. Para as plantas na terra, o crescimento é frequentemente limitado pela disponibilidade de água - como em um deserto - mas isto não é um problema no oceano. 

Isso deixa nutrientes inorgânicos como o principal fator limitante para o crescimento de organismos fotossintéticos no oceano. Estes nutrientes - elementos como íons metálicos, nitrogênio na forma fixada, fósforo, etc. - são mais abundantes na terra e são transportadas para o oceano pelos rios e vento.  Interessante estudar o mapa abaixo para maiores conclusões!


Mais informações sobre fitoplancton e o espetacular efeito que as cianobactérias produzem - Bioluminiscência - no meu outro post abaixo:


BBC - TERRA - O PODER DO PLANETA - ATMOSFERA, GELO, TERRA, VULCÃO

Sempre gostei destes videos. 
ATMOSFERA

GELO


TERRA


VULCÃO

terça-feira, 9 de julho de 2013

O QUÃO GRANDE É O OCEANO?




Sabemos muito mais sobre o Cosmos, nossa lua, o planeta Marte... e tão pouco sobre o nosso continente submerso. 

A biodiversidade marinha ocupa na verdade 99% do território da Terra, se compararmos com a totalidade da biota de nosso planeta. Talvez nos fascine tanto, por nos ser ainda um continente tão desconhecido! 



Graças ao enorme avanço tecnológico do século XX dispomos hoje de meios para desfrutarmos desta exploração científica e trazê-lo para mais perto de nós. O fundo do mar está ganhando mais atenção agora, graças a globalização e acordos de países que compartilham de mesmos interesses. Países como o Brasil e Japão. 

Este ano, cientistas japoneses e brasileiros, entre eles dois pesquisadores da UNIVALI, estão vasculhando o leito do Atlântico Sul a bordo do SHINKAI 6500, um super submarino japonês, explorando uma das regiões mais desconhecidas do planeta. Estão conhecendo a diversidade de nossa riqueza mineral, biológica... desbravando um pedacinho de nosso Brasil submerso. Um continente desconhecido mesmo que ainda tão 'perto' de nós. 

Achei interessante o assunto e posto o link para verem o vídeo sobre a matéria e o blog da equipe.

Video:http://www.youtube.com/watch?v=1yDAGdPWTJU

SOLO OCEÂNICO REVELADO

Lembro-me com prazer das aulas de Geologia e Geomorfologia Oceânica, dos semestres passados. Ficamos surpresos com a imponência dos Himalaias, mas no entanto não temos a real noção ainda da grandiosidade do solo oceânico. O relevo marinho é composto por inúmeras cadeias montanhosas, buracos imensos chamados de 'fossas', e até de planaltos. Geralmente, considera-se relevo oceânico a parte da crosta que está submersa pelos oceanos e que é denominada crosta oceânica.

A crosta oceânica difere da continental por ter uma densidade maior e uma espessura que varia de 5 a 15 km apenas, bem pouco se considerarmos a profundidade da crosta continental. Esta última pode chegar a mais de 70 Km. A menor densidade explica o motivo de a crosta continental apresentar um relevo positivo em relação ao nível do mar formando as terras emersas, ou continentes. Outra diferença está na formação da crosta oceânica composta, predominantemente, por rochas do tipo básicas (SiMa), plutônicas, sedimentares, vulcânicas e subvulcânicas. Já a crosta continental é geralmente formada por rochas granitóides sílico-aluminosas (SiAl).


Compartilho abaixo um vídeo e fotos bem bacanas que dão uma pequena idéia do quão grandioso e diversificado continente temos abaixo de nós. 




GEOMORFOLOGIA OCEANO ATLÂNTICO 

GEOMORFOLOGIA OCEANO PACÍFICO


GEOMORFOLOGIA OCEANICA E AO
LADO DO OCEANO ATLÂNTICO NORTE

GEOMORFOLOGIA DO OCEANO ANTÁRTICO

IMAGEM GEOMORFOLÓGICA COMPUTADORIZADA DO OCEANO ATLÂNTICO
FONTES:
CONFORME A GEOMORFOLOGIA E/OU PROFUNDIDADE OCEÂNICA SE ALTERA, DAMOS DIFERENTES NOMENCLATURAS ÀS DIVERSAS FEIÇÕES DO SOLO MARINHO:

  • Plataforma Continental - porções submersas dos continentes, com baixo declive, indo do litoral até cerca de 200 metros de profundidade. É uma região mais favorável à produção biológica.
  • Planície Abissal - grandes planos nas profundezas do oceano, com profundidade média em torno de 4.000 m.
  • Talude Continental: - a zona de declive acentuado entre as planícies abissais e a plataforma continental.
  • Fossa Abissal - fraturas tectônicas, as áreas mais profundas dos oceanos.
  • Dorsal Submarina -  grandes cadeias de montanhas submersas no oceano, originando-se do afastamento das placas tectônicas. Quando isso acontece,  fazem com que o magma suba do manto e se solidifique, formando a crosta oceânica.
  • Falésias - formas de relevo litorâneo abruptas, com declividades acentuadas e alturas variadas, origina-se da ação das ondas do mar sobre as rochas. 

O mundo abissal do planeta Terra exibe profundidades assustadoras (vide Figura abaixo), de um frio inimaginável e envolto em escuridão total. No entanto, a escuridão está viva!
FIGURA: Maiores profundidades de cada oceano

sábado, 29 de setembro de 2012

BIOLUMINESCÊNCIA



Bioluminescência é a produção e emissão de luz por um organismo vivo. Muitas espécies marinhas, por exemplo, produzem luciferina (um pigmento), que reage com o oxigênio para criar luz e luciferase (uma enzima), que age como catalisadora da reação, para a acelerar. 


FITOPLÂNCTON
 
É o conjunto de organismos aquáticos microscópicos com capacidade fotossintética que vivem dispersos flutuando na coluna de água. Fazem parte deste grupo, organismos tradicionalmente considerados algas, estudadas pela ficologia. Algumas nos presenteiam com um espetáculo
natural chamado bioluminescência.  O fitoplancton encontra-se na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, uma vez que servem de alimentação a organismos maiores e pertencem ao nível trófico dos produtores além de serem responsáveis pela produção de cerca de 90% do oxigênio da atmosfera terrestre.



Ernst H. P. A. Haeckel, 1834-1919, naturalista alemão, ajudou muito a popularizar o trabalho de Charles Darwin, além de ter sido médico, professor e ilustrador científico. Em seu livro Kunstformen der Natur, ele detalha com riqueza o maravilhoso e gigante mundo microscópico do fitoplâncton.

Fonte de imagens: google






















































A importância das algas no dia a dia..

Na culinária, principalmente em países orientais, elas são fontes diárias de proteínas, vitaminas e sais minerais. São utilizadas no preparo do sushi, sopas e molhos. Além do consumo humano, são altamente utilizadas como ingredientes de ração animal.

Algumas algas são utilizadas na biologia molecular e biotecnologia, pois delas se produz o ágar, os alginatos e os carragenanos, que são meios de cultura para bactérias. Nesta área, faz-se uso delas também nos processos de extração e amplificação de material genético.

Estas substâncias de textura viscosa e poder gelatinoso, auxilia nos preparos de diversos alimentos e bebidas industrializadas (sorvete, patês, gelatinas, cerveja...).

Na cosmetologia são matéria prima primordial para maquiagem, cremes, pasta de dente... Estão presentes na fabricação de tintas, nos fertilizantes, adubos naturais...

São há muito utilizadas na cura e prevenção de doenças em diversos países orientais. Pesquisas ainda constatam sua eficácia na regulação do apetite, no tratamento de asma, bronquite, verminoses, artrite, hipertensão...


Há muito ainda a ser descoberto fazendo delas uma riqueza de inestimável valor!





domingo, 10 de junho de 2012

FORMAÇÕES MARINHAS DA BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ

Juntamente com a nossa turma de Geologia sábado último fui conhecer as Formações Marinhas da Bacia Sedimentar do Paraná ao longo da BR470 em Santa Catarina. Já em sala de aula antes de saírmos, revíamos  que há 270 milhões de anos, quando os continentes ainda estavam unidos e próximos do Pólo Sul (Pangéia) existia uma cadeia de montanhas entre o continente Sul-Americano e Africano formada pelo choque destes dois continentes. Tal cadeia de montanhas, onde hoje é a Serra do Mar no litoral brasileiro a leste, e as montanhas do Paraguai a oeste, delimitavam um mar interno raso de bacia intercratônica (com rochas duras e antigas) e de plataforma com aproximadamente 200-300m até 5.000m de profundidade que ali surgiu após degelo de certa era glacial. O sul de SC onde hoje se encontra Torres e o Estuário da Prata eram entradas para esse mar. Nosso planeta sofreu graves modificações durante as eras glaciais, e como as placas tectônicas ainda se movem até hoje. Ainda está tudo registrado nas rochas de nosso solo...

Durante o intervalo de tempo compreendido entre o Neocarbonífero e o Eotriássico o Brasil e a África eram mais que simples vizinhas: suas províncias basálticas continentais (PBC) era uma terra única. Como resultado da ruptura do Godwana os continentes hoje estão separados pelo Atlântico. Durante nossa saída de campo sábado passado nosso querido professor Sérgio Borges nos mostrou vestígios desta verdade pelas serras do interior de SC.































A PBC Paraná-Entendeka está dividida em duas partes: uma encontra-se na Namíbia (África) e a outra, quase sua totalidade, na América do Sul com a denominação de Formação Serra Geral. (WHITE, 1908 - Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brazil).


A ciência da sedimentologia ocupa-se com o estudo dos depósitos sedimentares e das suas origens. Os sedimentólogos estudam inúmeras feições apresentadas nas rochas que podem indicar os ambientes que existiam no local no passado e assim entender os ambientes atuais.



Mapa esquemático mostrando localização dos platôs de rochas ácidas da Província Magmática do Paraná - Etendeka, segundo informações de Bellieni et al. (1983, 1986b), Milner (1988); Duncan et al. (1989), Alberti et al. (1992), Stewart et al. (1996), Marzoli et al. (1999) e Nardy et al. (2002). Legenda: 1 – derrames de lava; 2 – Ácidas do Tipo Chapecó (ATC); 3 - Ácidas do Tipo Palmas (ATP); a – Ácidas da região de Tafelberg (equivalente ATP), b – Ácidas da região de Sarusas (equivalente ATC); c - Ácidas da Bacia da Namibe (equivalente ATC); d - Ácidas da Bacia de Kwanza (equivalente ATC).




O Grupo nota 10 e o mestre... mas...E a Ana? Está faltando a Ana...

Visitamos no mesmo sábado os Afloramentos da...


    1  Formação Rio do Sul
    2  Formação Rio do Sul - Varvitos
    3  Formação Rio Bonito
    4  Formação Serra Alta
    5  Formação Serra Geral - Sill de diabásio
    6  Formação Teresina
    7  Formação Rio do Rastro


O que é, o que é? Era líquido, metamorfizava por contato tudo que encontrava pela frente e tem um monte debaixo do solo de SC???

Pois  aqui é uma amostra do magma litificado que encontramos na última pedreira que visitamos.

Onde então era um vasto ambiente marinho no interior do Brasil, nossas placas tectônicas sofreram com era glacial, forte vulcanismo, isostasia, intemperismo... e o que vemos aflorado em superfície hoje é a prova da história de que nosso solo é vivo e ainda está em constante transformação.